A escassez de médicos em alguns sistemas de saúde pelo mundo tem aberto espaço para profissionais estrangeiros, e brasileiros estão entre os mais procurados. Três países que se destacam nesse cenário em 2025 são Suíça, Canadá e Austrália — cada um com particularidades que tornam a migração atraente, especialmente para quem está no início da carreira.
Suíça
Na Suíça, médicos especialistas empregados (hospitalares ou em clínicas) ganham em média cerca de CHF 227.000 anuais, podendo ultrapassar CHF 500.000 para quem ocupa cargos de liderança ou atua em especialidades muito requisitadas. Médicos autônomos podem atingir médias ainda maiores, dependendo do volume de pacientes, local da prática e especialidade cirúrgica.
Médicos de atenção primária (GPs) têm remuneração menor, mas ainda competitiva, situando-se entre CHF 140.000 e CHF 160.000/ano em média.
Canadá
No Canadá, a variação salarial entre províncias, especialidades e localização (urbano vs. rural) é significativa. Dados recentes indicam que médicos podem ganhar entre CAD 200.000 e CAD 340.000/ano em especialidades médicas, dependendo também do tipo de instituição (há salários mais altos em regiões remotas ou em especialidades com déficit).
Médicos de família ou generalistas tendem a estar no lado inferior dessa faixa, mas há incentivos extras em áreas de difícil provimento, o que pode aumentar o ganho significativamente.
Austrália
Na Austrália, o cenário mostra forte disparidade entre áreas metropolitanas e regiões rurais, com bônus e benefícios extras que fazem diferença. Em regiões remotas, oportunidades excepcionais podem oferecer até AUD 680.000/ano, incluindo benefícios como moradia gratuita, bônus de localização e auxílio de deslocamento.
Especialistas como cardiologistas e cirurgiões em centros urbanos ganham valores menores em comparação às regiões rurais com incentivos, mas ainda bastante elevados para padrão internacional, entre AUD 300.000 e AUD 500.000/ano dependendo da especialização e carga de trabalho.
Esses três destinos demonstram que a escassez global de médicos está remodelando o mercado de trabalho em saúde. Enquanto a Suíça oferece estabilidade, alta remuneração e infraestrutura de ponta, o Canadá se destaca pelos programas de incentivo à imigração e demanda por médicos de família, e a Austrália chama atenção pelos pacotes agressivos em áreas remotas, com salários que chegam a cifras inéditas.
Para médicos brasileiros, especialmente os que estão em início de carreira, a mensagem é clara: a combinação entre déficit de profissionais no exterior e políticas de atração abre uma janela única de oportunidades. Mais do que remuneração elevada, a experiência internacional representa um diferencial competitivo que pode transformar trajetórias e ampliar horizontes profissionais.
Países como a Austrália lideram ranking de contratações de médicos brasileiros. Foto: banco de imagens.
